quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A verdadeira páscoa



A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário, infelizmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para mostrar que a pascoa vai além dos chocolates, reforçaremos a origem do termo, que começa a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
Naquele período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam escravizados há mais de quatrocentos anos no Egito, então Deus designou Moisés como líder do povo hebreu para liberta-los (Êxodo 3-4).
Em obediência ao Senhor, Moisés foi a Faraó parar transmitir-lhe a ordem de Deus: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.
No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas voltava atrás quando a praga findava. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor até a terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).


A primeira Páscoa

Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4).
Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.
Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).
De acordo com a Bíblia em (Ex:12:31), naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e iniciando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.
A partir daquele momento, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.


Libertação

Não apenas nesta data, mas todos os dias tente se lembrar do verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 5.7).

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), Fundamentos da Fé Cristã (Central Gospel) e conhecimentos pessoais acumulados em seminário teológico e pesquisas avulsas.


E a história do coelho, de onde saiu isso?

Sabemos que o coelho não tem nada a ver com o verdadeiro significado da páscoa, mas vamos matar a curiosidade: O conto do coelhinho da Páscoa começou a ser espalhado na Europa e trazido para a América há mais de 300 anos.
Uma das narrativas mais conhecidas do mundo conta que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num ninho para entregá-los aos filhos na manhã da festividade religiosa. Contudo, quando as crianças descobriram o lugar, um grande coelho passou rapidamente e espalhou os presentinhos, dando aos pequenos a ilusão de que o bicho carregava e distribuía os ovos.
Outra versão ganhou força no continente americano com a imigração alemã, no século 18. Para os alemães da época, era muito comum esconder ovos de galinha pintados à mão em grandes quintais para as crianças os encontrarem. Agitados com a movimentação dos pequenos, os coelhos que ali viviam saltavam de suas tocas. Com o tempo, os adultos uniram os ovos e os coelhos numa história, dizendo aos filhos que os animais tinham trazido os presentes de Páscoa.
Lembrem-se: isto são apenas contos, vejo isto como um estratégia maligna para desviar as pessoas do verdadeiro e único significado da páscoa, assim como no natal em que um “bom velhinho” rouba a cena do verdadeiro foco que é o nascimento de Jesus.

Fonte: Artigo do Terra do dia 03 de março de 2013.

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