Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. (1 Reis 17:3)
Sempre fico impressionado com a maneira como Deus contraria a
lógica humana para mostrar que é Ele quem está no controle da vida daquele que
está debaixo de Sua obediência. Deus mandou que Elias profetizasse uma seca
geral em Israel. Não haveria chuva, nem se quer orvalho e obviamente não
haveria comida, mas Deus manda que Elias vá para o oriente esconder-se junto ao
ribeiro de Querite, beber daquele ribeiro e alimentar-se da carne que os corvos
trariam para ele.
Ribeiros são diferentes de rios. Os rios são cursos volumosos de
água geralmente provenientes de grandes lagos formados por um conjunto de
muitos ribeiros, sendo assim um ribeiro individual é um pequeno arroio de água
que dependem das chuvas. Se não havia chuva, pode-se imaginar o fato de que a
quantidade de água que passava naquele ribeiro era absurdamente pequena. Aqui
está o desafio de um homem de Deus. O ribeiro de Querite ficava de frente para
o rio Jordão, um imenso afluente de águas em que em alguns trechos chegavam a
ter 5 metros de profundidade e até 18 metros de largura margem a margem. Elias
poderia olhar aquele pequeno ribeiro quase seco e sentir-se tentado a ir beber
do Jordão. Ele poderia abandonar o pouco ordenado por Deus para ir ao muito
fora da direção.
Isso é o que tem acontecido em nossos dias. Muitos ministros de
Deus têm deixado de beber da pequena provisão do Querite por terem se iludido
com o volume do Jordão. Esqueceram-se que melhor o pouco ordenado por Deus do
que o muito que satisfaz a própria vontade.
Quantos tem abandonado o Querite para ter mais dinheiro, status e
reconhecimento. Quantos se aproveitado da simplicidade dos irmãos para comprar
carros cada vez mais caros, roupas importadas e viagens de férias disfarçadas
de “missão”. Cobram valores absurdos para pregar um evangelho que nunca foi
cobrado pelo dono. Impressionante é que chamam isso de “oferta”, escondendo a
verdade de que oferta não é estipulada, mas sim “voluntária” (2Co.9:7). Quando
existe o valor estipulado é cobrança (negociação).
O Rio Jordão pode ser muito mais volumoso, mas suas águas não são
cristalinas como as do pequeno ribeiro de Querite. “É melhor o pouco limpo do
que o muito sujo”.
Quando a ordem de Deus é beber do Ribeiro de Querite é sinal de
que o Rio Jordão deve ser evitado.
Este texto é um trecho do mais novo livro de Diego Belizário em lançamento. (todos os direitos reservados).
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